domingo, 22 de maio de 2011

Review de Michael Jackson: The Experience para Xbox 360

Michael Jackson: The Experience foi lançado para quase todas as plataformas. Os jogadores puderam conferir o jogo em um estilo meio Elite Beat Agents no DS e dançar com os controles de movimento no PlayStation 3 e no Wii. Chegou a vez de conferir os passos de dança do rei do pop no Kinect. 

A versão do Kinect tinha tudo para ser a melhor, afinal, você dança sem controles, até quatro jogadores podem dançar juntos e é possível cantar as canções, porém o jogo tem alguns aspectos de jogabilidade que atrapalham e deixam a desejar na hora de criar uma experiência positiva. 

O jogador que quiser arriscar o moonwalk precisa se posicionar na frente do Kinect e o aparelho automaticamente irá transportar a sombra do seu corpo para a tela do jogo. Ao invés de você copiar os movimentos do personagem, como em Dance Central, aqui você aparece em primeiro plano e precisa ficar de olho na coreografia dos dançarinos posicionados atrás de você. É bom ter um pouquinho de auto estima para poder pagar micos com a sua “sombra” real sendo projetada no jogo. 
É uma sensação estranha, pois afinal de contas você não é o verdadeiro Michael Jackson, e até pegar o jeito da coreografia a apresentação fica horrorosa com você tentando acompanhar o ritmo dos dançarinos de forma desengonçada. Mas isso pode ser corrigido com prática - ou simplesmente escolhendo uma música muito mais fácil que não exija tanto assim de você. 

Para te auxiliar a aprender as lendárias coreografias, cartões que indicam os próximos passos ficam localizados no canto inferior da tela, mas eles mais atrapalham do que ajudam. Além de os desenhos serem extremamente pouco óbvios e falharem miseravelmente em te ajudar a prever o próximo passo, eles possuem uma contagem regressiva para avisar quando o próximo passo se aproxima. Porém a contagem não é sempre a mesma, tem cartas que são 2 segundos, outras 3 e outras 4, então é necessário prestar atenção nisso. 

É necessário dançar o melhor possível para tentar obter cinco estrelas na sua apresentação, porém não há como saber onde você está errando e porque não acertou determinado passo. Em Dance Central se a sua sombra não estava exatamente atrás da sombra do personagem, você sabia que era ali naquele ponto que estava errando, mas aqui como é você mesmo o bailarino principal, não há como saber ao certo, só desconfiar. 

Os jogadores também podem cantar em determinadas músicas. Quando as letras aparecerem na tela para que você cante, a coreografia para, e quando é necessário que você volte a dançar, não precisa mais cantar. Não que isso seja de todo ruim, mas deveria existir a opção para os jogadores que quiserem dançar e cantar a música toda pudessem fazer isso. 
E também não há como você saber se está cantando bem ou mal. É um esquema meio karaokê onde a letra aparece, você canta e no final é julgado pela sua coreografia separadamente da sua performance como cantor. 

Mas mesmo assim o jogo consegue divertir com as suas coreografias extremamente bem feitas, cenários inspirados nos clipes mais famosos do cantor e uma lista de canções que não deixa nenhum fã a desejar. São apenas pequenos detalhes da jogabilidade que tiram o brilho da experiência. 

Também é possível jogar com seus amigos, porém a experiência fica meio confusa. É necessário que os jogadores alternem a vez durante a música, porém o jogo não dá um tempo suficiente para que ocorra essa troca. E quando o seu time de dançarinos quiser batalhar contra outro time com quatro pessoas, é necessário sentar e esperar cada time dançar a coreografia inteira uma vez seguida da outra. 
Michael Jackson: The Experience possui falhas de jogabilidade que tiram o brilho do jogo, mas ainda assim ele consegue divertir com as coreografias bem feitas e a seleção de músicas clássicas do rei do pop. Definitivamente o seu potencial não foi bem explorado, e o que era para ser um dos melhores jogos de dança do Kinect não chega nem perto de ser isso.

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