terça-feira, 17 de maio de 2011

Review de Thor: God of Thunder para Xbox 360

Enquanto um novo filme de super-heroí da Marvel sempre é antecipado com empolgação por muitos fãs, não se pode dizer o mesmo do jogo que acompanha o filme. Geralmente feito às pressas, improvisado e mal-acabado, o “jogo de filme” é quase sempre bem ruim. Dentro das expectativas já baixas, o novo Thor: God of Thunder cumpre seu papel de ser um jogo ruim e oportunista, para desgaradar igualmente quem gostou e quem detestou o filme e os quadrinhos. 

Thortura 

Thor: God of Thunder começa quase como no filme, só que agora os gigantes de gelo estão invadindo Asgard para valer e Thor, equipado com o fiel Mijolnir, parte para cima de todos eles. O enredo é derivado do que acontece no filme no começo, mas parte para uma direção completamente diferente e, no final, rende algo entre oito e dez horas. 

A estrutura do roteiro em si é bem fraca, mas está longe de ser o que estraga o jogo. A falta de capricho e produção claramente apressada de Thor: God of Thunder renderam apenas mais um clone mal feito de God of War. As mecânicas de combate também são herdadas do jogo de Kratos: um ataque forte, outro fraco e milhares de combos entre os dois. 

Mas as semelhanças do jogo do herói nórdico com o anti-herói grego vão além do básico: existem barras de vida e de magia e quando os inimigos são derrotados, orbes vermelhas voam em direção ao personagem principal igual a God of War. Para completar, existe a possibilidade de saltar magias avassaladoras e atirar o martelo em um sistema de mira também clonado. 

Mas mesmo clonando a essência de um jogo bom, Thor consegue fracassar tanto nos detalhes que não demora para os combates ficarem repetitivos e chatos. A evolução do personagem, que acontece lutando e também com itens secretos para aumentar a barra de vida e magia, não é nada sedutora. Da mesma forma, o enredo não envolve e os desafios são quase sempre bem fáceis, ficando difíceis apenas quando algum bug do jogo - algo comum - atrapalha tarefas que deveriam ser simples, como saltar sobre um abismo. 

Além disso, existem cenas em que o design das fases deixa tanto a desejar que o jogador até ficaria agarrado sem saber para onde ir, mas para o bem geral existe uma forma de ativar um “guia” para indicar a direção que deve ser tomada. 

Outro fator clonado de God of War que também não ficou bom são os chamados quick time events - apertar botões na hora certa para o personagem na tela realizar ações cinematográficas. Muitas vezes eles aparecem em momentos sem contexto e inconvenientes, que atrapalham o desenvolvimento do jogo. E quando aparecem na hora certa, conseguem muitas vezes irritar o jogador pela imprecisão e falta de lógica em alguns. 

As batalhas com chefões também não são nada inspiradas. Geralmente envolvem bater bastante até conseguir uma abertura, para aí então acionar os danados quick time events. É bem aquilo que todos estão acostumados a ver em God of War, mas de um jeito ruim. 

Pontos positivos 

Thor nunca foi o herói mais popular da Marvel, mas sem dúvida ele tem seus fãs fiéis, que comprarão o jogo mesmo com a certeza de que não vão gostar. E são esses que enxergarão que, em alguns raros quesitos, o jogo do deus do trovão se sai até bem. O ponto positivo mais relevante é o design de personagens, algo que é mais um mérito do filme, de onde vem toda inspiração no final das contas. Além do próprio Thor, que é uma versão bem fiel do que foi representado no cinema, muitos vilões também estão em boa forma, até contrastando com os ambientes do jogo, que não são muito legais. 

A animação do personagem principal também está razoavelmente boa, mas não é algo que chama muita atenção. Mesmo com esses destaques positivos, a parte gráfica no geral é fraca, graças a texturas em baixa qualidade e efeitos visuais toscos, além dos incontáveis bugs que aparecem quase o tempo todo. 



Thor: God of Thunder segue à risca a fórmula mágica dos jogos de filme: é feito às pressas, com péssimas opções de design de fases, gráficos fracos, jogabilidade bugada e uma história confusa que apenas lembra a do filme. O sistema de combate parece divertido no começo, mas bastam algumas horas para que, mesmo clonando God of War em quase tudo, ele se revele repetitivo, sem graça e cheio de bugs. Para quem assistiu o filme e quer mais um pouco de Thor, é mais vantagem deixar o jogo de lado e ver o filme de novo, ou melhor ainda, ir atrás dos quadrinhos.

A baixo algumas imagens desse super jogo para xbox 360 e também disponível para PC, WII, 3DS e PS3.






Click  nas imagens para ampliar elas.

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